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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pelo desenvolvimento justo


O mundo globalizado experimenta um crescimento econômico desenfreado, um aumento galopante da densidade demográfica e a conseqüente desigualdade entre os povos. Provocada pelo caos social e pelo passivo ambiental fruto desse crescimento, a nova ordem mundial tornou-se a busca pelo desenvolvimento sustentável e justo. Essa prática experimentada em larga escala pelo setor privado, principalmente em países da União Européia (UE), tem sua origem no trabalho de formiguinha de pessoas de boa-vontade, reunidas no que se chama hoje de Terceiro Setor.

O movimento, que reúne empresas privadas, organizações não-governamentais (ONG) e cidadãos comuns que agem politicamente em suas comunidades, está cada vez mais profissionalizado e sendo capaz de provocar mudanças transformadoras. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no Brasil, o setor movimenta anualmente cerca de R$ 12 bilhões, com participação no PIB nacional de 1,5%, emprega 1,2 milhão de pessoas e atrai mais de dois milhões de voluntários. O País é considerado pela ONU, um dos líderes no ranking do número de pessoas em atividades voluntárias.

Também é fato que a relação entre as empresas e a sociedade mudou. Cada vez mais, os públicos com as quais aquelas se relacionam, seus "stakeholders", vêm cobrando que as empresas adotem um posicionamento ético e um comportamento empresarial que vá além da geração de novos postos de trabalho, dos resultados financeiros ou do lançamento de novos produtos. É preciso que a busca pelo desenvolvimento sustentável seja colocada em prática, e o papel do setor privado é a Responsabilidade Social Corporativa.

Nesse contexto, são obrigações das empresas: manter ou apoiar projetos sociais na comunidade ou seu entorno; estabelecer relações trabalhistas justas com seus colaboradores; diminuir impactos negativos ao meio ambiente; ouvir, respeitar e manter uma relação transparente com seus fornecedores, clientes, concorrentes e acionistas; cumprir suas obrigações fiscais junto às instâncias governamentais e cobrar políticas públicas mais justas que visem à diminuição das desigualdades.

É imperativo que se promova o crescimento econômico paralelamente à preservação dos recursos naturais, priorizando a garantia de acesso de todos aos direitos fundamentais, como moradia, saúde, alimentação e educação. Caso contrário, as desigualdades entre os povos e a pobreza mundial crescerão em proporções insustentáveis. E para que isso não ocorra, é preciso que cada um assuma o compromisso de pensar e agir sob a ótica do desenvolvimento sustentável.

Além do trabalho desenvolvido, em número cada vez maior por parte do setor privado, as ONGs, e o cidadão comum também fazem parte desse movimento e são responsáveis por grande parte da atuação junto às pessoas carentes. É essa sociedade civil organizada que vem, ao longo das últimas décadas, transformando o cenário governamental, cobrando novas e mais eficazes políticas públicas e influenciando para consolidá-las em direção à inclusão social. Está clara, para um número cada vez maior de cidadãos comuns, a importância de sua contribuição para a sustentabilidade do Terceiro Setor.

Neste aspecto, a imprensa não pode se eximir de seu papel de informar, denunciar e tornar públicos fatos, tendências e notícias de interesse público. É fundamental, para a consolidação desse movimento, que a imprensa cumpra seu papel social: conceda espaço para as ações sociais das empresas e das ONGs, bem como do cidadãos comuns que fazem a sua parte, dando voz aos atores do Terceiro Setor.

claudiacataldi12@yahoo.com.br

O que temos contra nós mesmos?

Afinal, todos os países tem seus problemas, suas mazelas, seus motivos de se envergonhar.
Mas em nosso caso, parecemos ter um prazer mórbido, adicional em nos desconstruir, em nos mostrar piores, em botar foco no que há de errado, de péssimo em nosso país.
É um tal de falar mal do Brasil, que quem se arvora, como eu, a escrever sobre as coisas boas que temos- e elas são muitas- é quase apedrejado em praça pública.
É muita ousadia ir contra essa maré, a do mal... mas pergunto: para onde queremos ir?
Qual nosso objetivo? Aonde os que pensam que reclamar e reclamar e reclamar simplesmente pelo puro fato de gerar essa onda de desânimo, vai nos levar?
Está nos faltando auto estima, e isso sim, é um ponto importante a se notar.
Quando se quer a apatia, a não ação, é assim que se começa, fazendo com que todos acreditem ao mesmo tempo que não tem jeito.
E quando isso vira verdade, passa a não ter mesmo, porque um país é feito de pessoas, pessoas simples, como você, eu, seu amigo, seu vizinho, sua família, seu bairro, sua cidade, estado...é assim, nessa matemática simplória que chegamos a essa enormidade de quase 200 milhões de habitantes. A esse mercado consumidor tão atrativo ao mundo, que só parece repelir a nós mesmos.
Sem nenhum tipo de slogan publicitário, sem compromisso com nenhuma campanha de nenhum governo, vamos cada um, individualmente, procurar ter uma brasilidade mais genuína, que nos permita entrar pela porta da frente no grupo dos que respeitam e amam a terra que os acolhe.

claudiacataldi12@yahoo.com.br

O medo de se machucar


Já escreví sobre isso, mas vejo uma insatisfação tão grande e recebo tantos mails a respeito, que volto ao assunto.
O mundo pode ter se modernizado muito, temos infinitas formas de nos comunicar,de até nos transportar para lugares distantes em tempo real, mas nossos sentimentos, nossas emoções continuam pré históricas... queremos mesmo é amar, sermos amados...
Então o que justificaria tanto desencontro, tanta insatisfação? Na prática, são centenas de pessoas boas, sensíveis, pedindo aos amigos uma forcinha para apresentar alguém que seja legal.
Afinal, o que está faltando? Por que será que os que estão solteiros estão com essa dificuldade?
Sim, digo isso porque ouvindo assim de relance, tem-se a impressão que de fato, pessoas bacanas estão em extinção, e as poucas que havia já se encontraram e montaram os casais felizes que vemos se beijando e se abraçando pelas ruas.
Nada disso é verdade. Não há um grupo em extinção, nem todos são tão legais assim, e tampouco os casais vistos, nasceram um para o outro como parece.
A diferença está na tolerância. No jogo de cintura. Na falta ou senão essa, mas na diminuição do medo de se machucar.
Uma relação pressupõe altos e baixos, discussões, eventuais brigas e reentendimentos.
E quem tem medo de dor, não se arrisca, prefere ficar reclamando e dizendo que sua preferência sentimental está em falta.
Ora, ora, o que está em falta é disposição para negociar, porque existem pessoas ótimas de todos os lados que querem se relacionar, que estão a procura de companhia.
Portanto, se você é um desses que está procurando o impossível, vendo sempre a grama brilhar do outro lado da cerca, antes de terminar esse artigo prometa-se: “Vou mudar meus conceitos“, porque se assim o fizer eu garanto: até a próxima edição dessa coluna você já não estará mais sozinho.
Trato é trato hein?

claudiacataldi12@yahoo.com.br

Feliz por dentro


Você até pode ser uma exceção e não ser daquelas pessoas que costumeiramente põe rótulos nos outros.
Mas seguramente conhece inúmeros exemplares da espécie que já tem um título pré concebido para cada pessoa do tipo: fulano me olhou assim, ou falou assado, não fui com a cara dele...ou ainda, ela me olhou meio de lado, como é metida...
Não que não existam os dois tipos por aí, soltos pelo mundo, mas vamos e convenhamos, tem muito avaliador precipitado, que ao primeiro sinal de vida já acelera e classifica o pobre coitado que às vezes está apenas num dia ruim.
Aí fica engraçado de ver o sujeito todo embaraçado, tendo que se justificar em explicações sem pé nem cabeça, do porquê de ter num primeiro momento dito aquele monte de bobagens.
Não seria mais fácil a gente simplesmente não querer enquadrar o modo de agir alheio num determinado padrão?
Que tal olharmos para o outro e buscarmos nele a diversidade que nos complementa? Ou a diferença que nos engrandece?
Papo furado? Coisa nenhuma, isso é uma atitude vencedora, que não está facilmente disponível por aí.
E nessa brevidade que temos de vida, somos os únicos responsáveis pelo nosso destino.
Faça o melhor que puder com o seu, seja feliz por dentro, e tenha um ótimo dia!

claudiacataldi12@yahoo.com.br

Tempo: questão de prioridade


Estou há muito, querendo dizer a vocês leitores, que eu respondo, respondo mesmo!
Acho uma honra receber comentários, elogios, e até discordâncias daquilo que escrevo.
Para mim é absolutamente delicioso ter esse retorno dessa atividade tão solitária que é escrever, formular idéias... e quando alguém responde dizendo que eu disse exatamente aquilo que estava precisando ouvir, que caiu como uma luva, eu ganho a semana, o mês todinho!
Nunca entendi autores ou articulistas que esnobam a opinião de seus consumidores, dão de ombros, não reconhecem a atitude de coragem que é sentar-se diante de um monitor para enviar uma mensagem aquele tão conhecido-desconhecido.
Eu mesma, no princípio da minha carreira era muito fã de um desses, chegava a colecionar o que era publicado, tamanha admiração.
Até que me arvorei a tornar público o carinho.
Já sabe o fim da história!
Pois é, nunca fui respondida. Mas insisti e escrevi de novo. E finalmente lá estava uma linha dizendo que não tinha tempo para falar comigo.
Resultado: não reconheci mais aquele ser iluminado que eu mantinha nos meus sonhos, capaz de me fazer praticamente flutuar nas páginas da revista, e me mantinha ansiosamente atenta a publicação da próxima edição, na expectativa de renovar meu estoque de alegria.
Podem escrever, eu sempre terei tempo para vocês, o ditado diz tudo, ele só tarda...

claudiacataldi12@yahoo.com.br