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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pelo direito de não ouvir


Em nosso país, a liberdade de expressar pensamentos, opiniões e idéias foi garantida até 1937, quando durante o período do Estado Novo, em que fomos presididos por Getúlio Vargas, o princípio constitucional da liberdade de expressão foi banido. Na intenção de resguardar informações sigilosas que possivelmente abalariam a estrutura do governo vigente, a censura foi implantada.

Depois do Ato Institucional nº 5, o tão famoso AI-5, que recebeu esse nome por ser o quinto de uma série de decretos emitidos após o regime instituído a partir de 64, a vida do cidadão brasileiro e principalmente da classe artística nunca mais foi a mesma. O ato dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia direitos constitucionais, como o da liberdade de expressão, garantida desde 1948 pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que rege que todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão, direito este que inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer independentemente de fronteiras.

Na época, agentes autorizados revisavam e aprovavam a pauta de todos os meios de comunicação, além das letras de músicas, conteúdo de novelas e toda obra que fosse chegar ao domínio público.

A saída encontrada pelos órgãos de imprensa, que não podiam divulgar protestos, opiniões divergentes das do governo nem anunciar os desaparecimentos por motivos políticos, foi publicar no lugar das partes do texto censurado, receitas culinárias ou mesmo deixá-las em branco. Já os compositores, passaram a produzir músicas de duplo sentido, que muitas vezes só eram percebidas pelos agentes da censura, depois de já serem sucesso sendo cantadas pela população.

Um bom exemplo disto é Cálice, de Chico Buarque, que na grafia, Cale-se, deixa bem clara a ambiguidade.

Todo esse tempo de repressão fez o brasileiro que o viveu e também o que não viveu a época, ter uma espécie de pânico toda vez que a palavra ou termo censura faz-se lembrar. E isso tem sido tema de divergência.

Mas afinal, o que fazer com a liberdade de expressão quando a falta do bom senso agride a moral?

A classificação indicativa que apenas mostra aos pais o teor do conteúdo de obras audiovisuais e a indicação para a idade do telespectador foi logo confundida com censura. Personalidades famosas de veículos de renome no país logo vieram a público explicitar seu repúdio a toda e qualquer forma de repressão. Quando cenas de sexo de novelas ou filmes que passam em horários em que certamente há crianças em frente à televisão são cortadas, lá vem de novo o coro uníssono dos traumatizados.

A opinião pública, ainda na velha mania de justificar um erro com outro, acha que a culpa é dos políticos que roubam e tem que mostrar que estão fazendo alguma coisa.

Onde vamos parar com isso?

Agora não se pode mais proibir o que é impróprio?

E o que fazemos quando o cara diz pros nossos filhos, que canta assim por que fuma maconha ou ainda quando aquele funk usando palavras de baixíssimo calão incitando a sexualidade, cheio de gestos obscenos vai parar nos ouvidos e na boca das nossas crianças?

Duvido que os contra a censura, e quando digo isso não faço nenhuma apologia ao autoritarismo, também não se sintam incomodados.

Sem nenhuma intenção de levantar a bandeira da pureza absoluta e da castidade, sabemos que temos a opção de escolher o que vamos ouvir, mas também sabemos que nosso direito só tem valor quando o vizinho usa o bom senso ao ajustar o volume.

Por fim, levanto a bandeira: quem garante nosso direito de NÃO ouvir?

Claudia Cataldi é jornalista e presidente do Instituto Responsa Habilidade

presidencia@responsahabilidade.org.br

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Coração verde e amarelo


Não é porque perdemos a copa que nossos corações precisam perder a cor. Imagine só, se a energia, a euforia e a vontade de gritar "pra frente Brasil" fosse pra sempre?

Nada de quatro em quatro anos...

Uma vontade avassaladora de lutar pelo país, de nos unir pelo nosso gigante. Talvez seja esse o segredo ou o ingrediente que está faltando para a receita do bolo dar certo.

Me refiro ao bolo do desenvolvimento, da justiça social, da igualdade, da educação do equilíbrio econômico e da segurança.

Se ao invés de gastar toda força, empolgação, adereços e atitudes na copa do mundo, nós dividíssemos isso para todo o caminhar, seríamos mais enérgicos para cobrar, lutar e exigir nossos direitos.

Quero muito que nossos corações continuem verdes e amarelos. Gostaria que estas cores perpetuassem gerações e quero mais ainda ver nossa gente derramar lágrimas de alegria pelas conquistas, pelos avanços e pelo real orgulho de ser brasileiro.

Torço para em breve sermos campeões na educação, na saúde, na segurança, no respeito e mais que tudo, no amor ao próximo.

Vale a dica, vale a reflexão e vale a paixão pelo país.

Claudia Cataldi é jornalista e presidente do Instituto Responsa Habilidade

presidencia@responsahabilidade.org.br

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Vitória do amor


Amor serve mesmo para tudo!

É, pode criticar e achar que trata-se de mais um clichê, mas veja só:

Conheci uma moça que começou a trabalhar fazendo quentinhas. Sua paixão pela coisa era tanta; sua empolgação quando falava dos cardápios era tamanha, que dava água na boca só de ouví-la. Mesmo quando descrevia pratos absolutamente triviais. O final da história, não preciso nem dizer, foi trabalhando, trabalhando, e começou a ser convidada para pequenas festas na vizinhança. Lembro que ela sempre apresentava aquele ar de que “faço o que amo, o dinheiro é consequência”. Pimba! Virou dona de buffet, e vai muito bem, obrigada...

Cito também o caso de uma massagista. Essa então é de arrepiar.

Ela poderia ter ficado na mesmice da eterna reclamação.

Mas não. Partiu para fazer um curso até então pouco conhecido no Brasil, que ensina uma técnica que faz o paciente se sentir aconchegado como de volta ao útero materno. Conclusão... se destacou e é extremamente solicitada devido aos recursos que desenvolveu.

Ou seja, por mais que isso pareça ficção, acredite, ainda que desconfiando, que é possível chegar lá. Tente ao menos por um período de sua vida.

Mas, faça com verdade e dedicação. Dê o melhor de sí. Invista. Procure ver a alegria que é fazer algo com amor e entrega.

Vai dar certo, tenho certeza.

E se não vir resultado logo, ou melhor, tão rápido quanto sua ansiedade determina, trabalhe ainda mais feliz, buscando encher o coração de quem você estiver servindo.

Amor é contagiante e invariavelmente conduz quem o traz com pureza de alma, à vitória.


Claudia Cataldi é jornalista e presidente do Instituto Responsa Habilidade

presidencia@responsahabilidade.org.br

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Política do bem é tema do Responsa


O Responsa Habilidade, mostra que com vontade política, é possível dar uma vida mais digna às pessoas que vivem em comunidades carentes. A jornalista e apresentadora, Claudia Cataldi, recebeu a Coordenadora do PAC Social do Rio, Ruth Jurberg e o Deputado Estadual Christino Áureo. O debate evidenciou aspectos humanos do projeto que desenvolve um trabalho em conjunto com a comunidade que ergue as próprias casas e por isso, cuidam melhor do novo patrimônio.

Através de um trabalho consciente, em que se prometer somente aquilo que pode ser cumprido, o PAC Social vem mudando a vida de comunidades inteiras no Estado do Rio de Janeiro que já podem vislumbrar um futuro melhor.

Mais informações:

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Veja mais:

Doação foi tema do Responsa Habilidade


O tempo quando doado com carinho e dedicação, pode salvar vidas!

A jornalista Claudia Cataldi recebeu no “Programa do Bem” a Dra. Rosa Célia, fundadora e diretora do Hospital Pró Criança Cardíaca e o Deputado Estadual Christino Áureo. O debate aconteceu acerca da superação de obstáculos na busca de fazer o bem ao próximo e do orgulho e dificuldades de ver um sonho concretizado e através de ajuda voluntária e doações, atendendo às crianças de famílias carentes que desprovidas de recursos, não encontram atendimento especializado nos hospitais da rede pública.

O Responsa Habilidade, através do bom exemplo da Dra. Rosa Célia, mostrou mais uma vez que a solidariedade é um diferencial do ser humano e te convida a fazer parte dessa corrente do bem!

Mais informações:

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Veja mais:

Faça a sua parte!


Todos somos seres consumidores e isso é fato.

Desde a hora que acordamos, até irmos dormir. E mesmo assim, continuamos consumindo.

Pense. Acordamos, abrimos os olhos, nos levantamos e quando calçamos os chinelos, mesmo que aos poucos os estamos consumindo, vamos ao banheiro e lá se vai água, 130 litros em 15 minutos de banho. Pasta de dente, e mais água, 25 litros em 5 minutos de escovação com a torneira aberta, papel higiênico, sabonete, escova, o papel no escritório.

O consumo mundial anual de papel é da ordem de 340 milhões de toneladas e para que cada uma seja produzida, são necessárias de 2 a 3 toneladas de madeira.

Na hora das compras somos um país recordista em consumo de sacolas plásticas, 35 mil por minuto... e por aí vamos ao longo do dia.

É notável que isso, reflete diretamente no meio ambiente e na economia global. Por meio de nossas escolhas frente às prateleiras, podemos maximizar ou minimizar os impactos no planeta e na sociedade.

É preciso saber de onde vem o produto e nos certificarmos preferencialmente, que são provenientes de nossa cidade ou estado. Desta maneira estaremos movimentando a economia interna, beneficiando diretamente os produtores daqui, que por sua vez irão gerar mais empregos e ter mais meios de subsistência, que irão fomentar o consumo, e ...percebeu a reação em cadeia?

A verificação das embalagens também é uma etapa importante, assim como a responsabilidade ambiental de quem produz. Já que o descarte do produto faz parte dos requisitos de um consumidor consciente e no Brasil, 80% das embalagens são utilizadas apenas uma vez.

Todas essas decisões e indagações feitas individualmente, tem conseqüências coletivas e podem alterar a vida de milhões, inclusive das gerações futuras. Um pequeno exercício que quando realizado por um grande número de pessoas promove transformações significativas.

Contribua, não desista! e lembre da história do beija-flor que sabia que não findaria o incêndio da floresta levando uma quantidade pífia de água em seu delicado bico, mas ainda assim continuava, com o orgulho de quem, impossibilitado de resolver o problema integralmente, faz a sua parte!

Claudia Cataldi é jornalista e presidente do Instituto Responsa Habilidade

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presidencia@reponsahabilidade.org.br