O mundo globalizado experimenta um crescimento econômico desenfreado, um aumento galopante da densidade demográfica e a conseqüente desigualdade entre os povos. Provocada pelo caos social e pelo passivo ambiental fruto desse crescimento, a nova ordem mundial tornou-se a busca pelo desenvolvimento sustentável e justo. Essa prática experimentada em larga escala pelo setor privado, principalmente em países da União Européia (UE), tem sua origem no trabalho de formiguinha de pessoas de boa-vontade, reunidas no que se chama hoje de Terceiro Setor.
O movimento, que reúne empresas privadas, organizações não-governamentais (ONG) e cidadãos comuns que agem politicamente em suas comunidades, está cada vez mais profissionalizado e sendo capaz de provocar mudanças transformadoras. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no Brasil, o setor movimenta anualmente cerca de R$ 12 bilhões, com participação no PIB nacional de 1,5%, emprega 1,2 milhão de pessoas e atrai mais de dois milhões de voluntários. O País é considerado pela ONU, um dos líderes no ranking do número de pessoas em atividades voluntárias.
Também é fato que a relação entre as empresas e a sociedade mudou. Cada vez mais, os públicos com as quais aquelas se relacionam, seus "stakeholders", vêm cobrando que as empresas adotem um posicionamento ético e um comportamento empresarial que vá além da geração de novos postos de trabalho, dos resultados financeiros ou do lançamento de novos produtos. É preciso que a busca pelo desenvolvimento sustentável seja colocada em prática, e o papel do setor privado é a Responsabilidade Social Corporativa.
Nesse contexto, são obrigações das empresas: manter ou apoiar projetos sociais na comunidade ou seu entorno; estabelecer relações trabalhistas justas com seus colaboradores; diminuir impactos negativos ao meio ambiente; ouvir, respeitar e manter uma relação transparente com seus fornecedores, clientes, concorrentes e acionistas; cumprir suas obrigações fiscais junto às instâncias governamentais e cobrar políticas públicas mais justas que visem à diminuição das desigualdades.
É imperativo que se promova o crescimento econômico paralelamente à preservação dos recursos naturais, priorizando a garantia de acesso de todos aos direitos fundamentais, como moradia, saúde, alimentação e educação. Caso contrário, as desigualdades entre os povos e a pobreza mundial crescerão em proporções insustentáveis. E para que isso não ocorra, é preciso que cada um assuma o compromisso de pensar e agir sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
Além do trabalho desenvolvido, em número cada vez maior por parte do setor privado, as ONGs, e o cidadão comum também fazem parte desse movimento e são responsáveis por grande parte da atuação junto às pessoas carentes. É essa sociedade civil organizada que vem, ao longo das últimas décadas, transformando o cenário governamental, cobrando novas e mais eficazes políticas públicas e influenciando para consolidá-las em direção à inclusão social. Está clara, para um número cada vez maior de cidadãos comuns, a importância de sua contribuição para a sustentabilidade do Terceiro Setor.
Neste aspecto, a imprensa não pode se eximir de seu papel de informar, denunciar e tornar públicos fatos, tendências e notícias de interesse público. É fundamental, para a consolidação desse movimento, que a imprensa cumpra seu papel social: conceda espaço para as ações sociais das empresas e das ONGs, bem como do cidadãos comuns que fazem a sua parte, dando voz aos atores do Terceiro Setor.
claudiacataldi12@yahoo.com.br
O movimento, que reúne empresas privadas, organizações não-governamentais (ONG) e cidadãos comuns que agem politicamente em suas comunidades, está cada vez mais profissionalizado e sendo capaz de provocar mudanças transformadoras. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no Brasil, o setor movimenta anualmente cerca de R$ 12 bilhões, com participação no PIB nacional de 1,5%, emprega 1,2 milhão de pessoas e atrai mais de dois milhões de voluntários. O País é considerado pela ONU, um dos líderes no ranking do número de pessoas em atividades voluntárias.
Também é fato que a relação entre as empresas e a sociedade mudou. Cada vez mais, os públicos com as quais aquelas se relacionam, seus "stakeholders", vêm cobrando que as empresas adotem um posicionamento ético e um comportamento empresarial que vá além da geração de novos postos de trabalho, dos resultados financeiros ou do lançamento de novos produtos. É preciso que a busca pelo desenvolvimento sustentável seja colocada em prática, e o papel do setor privado é a Responsabilidade Social Corporativa.
Nesse contexto, são obrigações das empresas: manter ou apoiar projetos sociais na comunidade ou seu entorno; estabelecer relações trabalhistas justas com seus colaboradores; diminuir impactos negativos ao meio ambiente; ouvir, respeitar e manter uma relação transparente com seus fornecedores, clientes, concorrentes e acionistas; cumprir suas obrigações fiscais junto às instâncias governamentais e cobrar políticas públicas mais justas que visem à diminuição das desigualdades.
É imperativo que se promova o crescimento econômico paralelamente à preservação dos recursos naturais, priorizando a garantia de acesso de todos aos direitos fundamentais, como moradia, saúde, alimentação e educação. Caso contrário, as desigualdades entre os povos e a pobreza mundial crescerão em proporções insustentáveis. E para que isso não ocorra, é preciso que cada um assuma o compromisso de pensar e agir sob a ótica do desenvolvimento sustentável.
Além do trabalho desenvolvido, em número cada vez maior por parte do setor privado, as ONGs, e o cidadão comum também fazem parte desse movimento e são responsáveis por grande parte da atuação junto às pessoas carentes. É essa sociedade civil organizada que vem, ao longo das últimas décadas, transformando o cenário governamental, cobrando novas e mais eficazes políticas públicas e influenciando para consolidá-las em direção à inclusão social. Está clara, para um número cada vez maior de cidadãos comuns, a importância de sua contribuição para a sustentabilidade do Terceiro Setor.
Neste aspecto, a imprensa não pode se eximir de seu papel de informar, denunciar e tornar públicos fatos, tendências e notícias de interesse público. É fundamental, para a consolidação desse movimento, que a imprensa cumpra seu papel social: conceda espaço para as ações sociais das empresas e das ONGs, bem como do cidadãos comuns que fazem a sua parte, dando voz aos atores do Terceiro Setor.
claudiacataldi12@yahoo.com.br